sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Equilibrio!

Ah! Mudar é bom!
Imagina se tudo fosse constante?
O tédio com certeza habitaria as lacunas do meu eu.
E quem disse que meu desejo é preenchê-las?
Nem tão cedo, e mesmo tarde talvez, tenha que mudar.
“Muda-se o tempo, mudam-se as vontades...”
A vontade que eu tinha de ficar aqui, já não tem a mesma força de outrora.
Fragmentos meus, seus...
Pelas paredes, gavetas e membros superiores.
Já que nobre mesmo é perdoar,
Amar um nobre seria o princípio da loucura?!
“... e se não tivesse o amor? (...) e se não tivesse essa dor? (...) e se não tivesse o chorar? Melhor era tudo se acabar.”
Acho muito engraçado quando aquele velho amigo diz:- Digo que amo! Ah! Eu falo mesmo! Choro e me entrego, me acabo, por que se não deu tudo certo, com certeza ainda não chegou ao fim (...) nossos “corações” escolhem para amar gente muito difícil viu?! Olhe eu não sei de nada não! Kkkkkk
É. Tens razão.
Gente difícil é um saco.
Dissimula o agrado, o afeto
Insistem em ser inacessíveis.
E os nobres? Ah! Esses encontram solução pra tudo.
Nunca vi tanta gente “Boa” nesse mundo?!
Sempre dispostos a compreensão, ao perdão, é tudo muito perfeito.
Nem de longe me agrada a idéia do “muito correto”, nem do “muito errado” (risos).
Buscar o equilíbrio: uma luta diária.
Amar na incerteza, a delicadeza de uma flor.
A leveza que emana quando passas por tantas vidas e são tantas
As vidas que por ela passam...
Amor sim! Quem disse que não?
Amar o que “não tem mais jeito”, que “não tem mais solução”.
Precisa ter razão? Precisa de um bom motivo?
Bem comum é gostar de alguém pelas virtudes, mas meu amor, pelo menos o meu,
Ama os defeitos, cada um deles, como pedacinhos de um tangran.
Desenhos vários posso montar... O que me cabe é
O que eu nem sei...
Mas não demora há descobrir.


segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Tempo do Acontecimento.



Marquei o tempo, as divisões,
O andamento.
Poder me encontrar na volta,
Na esquina, nas curvas
De qualquer lugar...
Como a poesia, o tom, a luz!
Revirar pensamentos,
As vezes até sem saber,
Pra quê, ou por quê?
Nem precisa ser maior,
Nem fazer doer.
Perder o velho posto
De sensato juiz,
Pra ser exposto ao erro
Numa perfeição de giz.
Ser, e apenas ser!
O Tempo...
A Loucura...
O Amor e
O silêncio que há em mim
Num quarto a reverberar.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sem Filtro.



Preencheu sua alma
Do vazio que alimenta a matéria.
Resta apenas um corpo
Nada mais ocupa o espaço,
Embora tenha ainda que continuar
Transviando arte para o encanto, vida!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Espelho, etc e tal...

Mais uma vez dizia:- Você precisa cooperar!
Principalmente agora em que nossas forças somadas,
Fazem total diferença para uma boa recuperação...
...meu espelho rachado, ainda não viu pedaços pelo chão.
...e essa vontade que não passa? E essa saudade arrasadora?...
A cena trocada, a tela invertida.
Estamos nós agora, diante de nós mesmos...
...acho que o medo que eu tinha era medo mesmo de perder você,
Como ainda corro o risco de me perder de mim.
Agora minhas verdades em estado de vaporização.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

212.

Naquele exato momento
Em que sua voz ecoava
Alegria tomou conta do meu espírito,
Minha força de vida transbordou felicidade.
Porém na incerteza do seu ser
Perdeu encanto e me deixou pra trás.
Não consigo controlar os sentidos,
Meu tato busca incessantemente
Seu cheiro, por todos os lugares,
Em todas as coisas.
212 vezes eu tentei parar!
Impossível não querer-te só para mim;
Porque amo cada pedaço teu.
Nossas particularidades se confundem,
Se entrelaçam em ligações demoradas.
Há algum tempo procuro
Por uma peça chave dentre tantas
Num tabuleiro, e sinto-me
Cada vez mais distante.
No teatro da sua vida a platéia
Ocupou toda a sala.
Permita-me apenas a peça,
A chave e seu segredo.