segunda-feira, 3 de junho de 2013

Duas.


Eram 9h da manha de um domingo como qualquer outro domingo, quando decidi rodar todas as floriculturas da cidade e comprar um buque tão lindo quanto o olhar do seu destino.
Depois de bater a porta de todas da cidade e encontra-las fechadas, quando já murcha dentro do carro passando pela praça, vi de longe que agora tinha um moço, um vendedor de flores dentro daquela floricultura que há minutos estava trancada, e enchia meu dia de esperança.
Ainda ofegante, pedi a ele um buque, o mais lindo! Assustado, ele me disse que não tinha mais flores, e estava ali pegando alguma coisa que esqueceu... Mas, virou-se e disse “só tenho este arranjo”, e ali, pronto, como num filme um único arranjo com duas orquídeas, lindo como este sentimento desassossegado que habita meu coração e me perturba o pensamento.

Coragem! Hora de bater a porta (inclusive de baterem com a porta na minha cara, rs!) e sem muito falar, entregar as flores tão belas quanto o seu destino, mas eram 10h de um domingo comum, e aos domingos pode levantar tarde. Outro olhar me recebeu a porta, assustado... E um trocinho fofo de nariz gelado se pendurando em meu tênis sujo, interrompido pelo “que lindas! Pó deixar que eu entrego”, e os três patetas dentro do carro me esperando, sorrindo e cantando aquela cena de novela que agora lhes era tão real.

Que emoção não falte! Senti como há algum tempo não me sentia: A pessoa mais romântica desta cidade. Como diria uma boa amiga, parafraseando Vander Lee “Românticos são loucos...”

Ai de mim se eu me apaixonar, se? Rs’ Aiai...