terça-feira, 29 de junho de 2010

Cinza.

A tarde chovia.
Cinza a cor do céu.
Enquanto na sala de costura as senhoras conversam,
O vento frio quase arrepia minha pele,
Não fosse o velho jeans cobrir-me as pernas,
Uma sensação tão gostosa...
Sentada, quieta como já de costume,
Observo o balançar das árvores,
Os pingos de chuva que caem ao chão.
O tal motivo inconsciente, será?
Soando como uma canção de ninar,
Que sensação gostosa!

domingo, 27 de junho de 2010

Controle.

Eu penso no tempo...
O tempo que leva para se construir.
O que é preciso?
O que pode ser descartado?
Como faz o tempo: às vezes um aliado,
Às vezes tão curto o prazo dado a mim. Este tempo!
Inúmeras as noites em que foge o sono,
No avançar dos ponteiros que insistem controlar o meu tempo.
Ora, cada um tem o seu tempo!
Tempo de vestir, tempo de fazer, tempo de aprender
a lidar com o tempo que palpita dentro de nós mesmos.
Quem poderá compreender os anseios?
Quem além do eu que habita esse corpo estranho avesso a mim?
Tempo...
Quem dirigiu suas voltas? Pra quem acena seus ponteiros?
Enquanto há tempo, vida! Fora do tempo, onde tudo foi parar?
Lá onde não sei... Lá, onde o tempo não foi.
Nem sei dizer.
É necessário tempo pra saber, e continuar a viver.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Vox Populi?

Aqueles que falam demasiadamente, desdenham, aumentam e inventam, cumprem com o seu papel enquanto meros espectadores da vida alheia. Eleva meu espírito, saborear a delicia de ser protagonista principal da minha vida, o resto pode ser depositado numa conta de irrelevância.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Conceitos.

Pensando em sentimentos, pra que dar nome a eles? Encontro-me num estado de encanto sublime, superlativo, ácido, excitante... Não consigo definir bem este sentir. Sorriso largo quase escondendo os olhinhos, o cheiro de fruta nos cabelos, a textura, sua cor branca cegou tantos num canto, num conto por Saramago descrito. Olfato privilegiado daqueles que sentem seu cheiro, curvas feitas à mão por Niemeyer, contorno exótico, a magreza da estatura unida a um belo par de pernas, e que belo par de pernas! Pés delicados, no sentido inverso uma flor a porta do jardim encantado, fonte do anseio, do desejo; encontrar o que brota do centro, dentro, por cima, embaixo, só a vontade é determinista. Mais um par, dividido ao meio, no apalpar das mãos que acariciam; língua correnteza, seios sugados pelo mar... Calor, o aconchego das almas, a cumplicidade do espírito que eleva toda e qualquer emoção bem administrada. Mas o que é isto mesmo? É desejo? É tesão? É loucura? Nomenclaturas, conceitos, foram todos criados por outros; se for egoísmo pensar no meu sentir, egoísta nato sou. Se de fato eu não consigo explicar bem esse misto de sensações que você desperta em mim, como um ser com outras vivencias, experimentos, pode afirmar se o que sinto é amor? O que chamam de amor, uma projeção bem elaborada de alguém? E o outro lado como fica? Sinto apenas, não posso explicar o que ainda não compreendo bem.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Quinta no Boteco de Vilas.

Venha dividir sua alegria com a gente!