Eram 9h da manha de um domingo
como qualquer outro domingo, quando decidi rodar todas as floriculturas da
cidade e comprar um buque tão lindo quanto o olhar do seu destino.
Depois de bater a porta de
todas da cidade e encontra-las fechadas, quando já murcha dentro do
carro passando pela praça, vi de longe que agora tinha um moço, um vendedor de flores dentro daquela floricultura que há minutos estava trancada, e enchia meu dia de
esperança.
Ainda ofegante, pedi a ele um
buque, o mais lindo! Assustado, ele me disse que não tinha mais flores, e
estava ali pegando alguma coisa que esqueceu... Mas, virou-se e disse “só tenho
este arranjo”, e ali, pronto, como num filme um único arranjo com duas
orquídeas, lindo como este sentimento desassossegado que habita meu coração e
me perturba o pensamento.
Coragem! Hora de bater a porta
(inclusive de baterem com a porta na minha cara, rs!) e sem muito falar, entregar
as flores tão belas quanto o seu destino, mas eram 10h de um domingo comum, e
aos domingos pode levantar tarde. Outro olhar me recebeu a porta, assustado...
E um trocinho fofo de nariz gelado se pendurando em meu tênis sujo,
interrompido pelo “que lindas! Pó deixar que eu entrego”, e os três
patetas dentro do carro me esperando, sorrindo e cantando aquela cena de novela
que agora lhes era tão real.
Que emoção não falte! Senti
como há algum tempo não me sentia: A pessoa mais romântica desta cidade. Como
diria uma boa amiga, parafraseando Vander Lee “Românticos são loucos...”
Ai de mim se eu me apaixonar,
se? Rs’ Aiai...
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