Grata.

Passei horas e horas escolhendo as melhores palavras, tentando condensar idéias, traduzir em palavras o que senti todos esses dias, durante e depois deste show que talvez seja o mais esperado, o mais desejado. Cantar naquele teatro é muito mais significativo do que eu imaginava, ele é o berço da nossa história artística, onde muitos sonhos nasceram/nascem e foram/são materializados. De humana que sou, erro, sinto, mas nunca me permito à entrega e acredito ser melhor assim. Há alguns dias, descrevi a realidade do artista independente com propriedade de quem não lamenta pelos entraves da vida cotidiana. Que mais é o artista além duma esfera de emoções à flor da pele? Tudo. Sou humana, repito. Sinto as dores como qualquer um outro, dor nas costas, nos ombros, dor em ter de seguir adiante sempre. Pensei e repensei citar aqui nomes de todos e todas que nos ajudaram a construir este show, que na verdade é apenas o primeiro de vários que estão por vir pela vontade de Deus, pela vontade nossa e a ajuda de cada um de vocês. Fui agraciada com o carinho daqueles que reconhecem o esforço de quem busca incansavelmente realizar os sonhos, cumprir os objetivos traçados nesta vida, por isto mesmo sou imensamente grata a todos os apoiadores, a equipe técnica, a todos o veículos de comunicação, aos modelos e equipe da campanha “#ShowLaisEOsMartinis eu vou!”, a Secretaria Municipal de Cultura (Camaçari/BA) por encabeçar um projeto tão diversificado e democrático que é o “Cultura em Movimento”, aos músicos talentosos que me acompanham, a minha família, mas principalmente aos amigos, aqueles que me desvendam pelos olhos, me entendem pelos sons e insistem em acreditar nesta tão humana alma artista. Vadinha Moura, baixinha, o meu muito obrigada! ;)

#ShowLaisEOsMartinis

Arte, autenticidade e auto-astral fazem da atmosfera Lais e os Martinis um sucesso. Uma moça de voz rouca e alma temperada, músicos talentosos, repertório ousado escrito em linhas harmônicas que juntos vão provocar sua curiosidade. O convite é, permita-se a entrega. Venha se deliciar ao som de Lais e os Martinis.

Vírus da Esperança.

Ouvir Clube da Esquina é beber na fonte das frases geniais que incitam uma reflexão ampla da vida. Fui contaminada pelo vírus da esperança. Tant@s lutaram para o exercício da democracia, da justiça e hoje temos um país engatinhando nestes pilares, é verdade, antes tarde do que nunca. Fruto de corações inquietos e almas aguerridas. Parafraseando Lô Borges, fragmento que veio á calhar, “Por que se chamavam homens, também se chamavam sonhos” sim, ora, pois! Homens que representam o sonho de milhares. Mulheres que materializam a existência destes. São anos de batalha e acaso for preciso muito mais, a vida há de conceder, porque “Sonhos não envelhecem”.

Humano.

Mais uma vez Joaquim Barbosa me encheu de orgulho por exercer sua função neste país. Há 10 anos, um "acontecimento" deste nível não ocorreria, uma vez que, a tucanada e o zoológico inteiro, literalmente engavetava seus débitos para com a justiça. Ontem, a rede Globo com sua espada justiceira, transformou (convenientemente) o moço negro num super herói dos quadrinhos, o mesmo não vi acontecer quando foi aprovado a lei das cotas neste país. Enquanto Lula engendrava o país num ritmo de crescimento surreal aos olhos de acadêmicos incrédulos, ali, logo ao lado, a linha de frente da sua equipe cedeu a pressão de um Brasil sujo, mesquinho, envolvendo-se num escândalo o qual intitularam carinhosamente de mensalão. E o que aconteceu? CPI neles! E agora? Julgamento neles! E depois? Condenação neles! Onde já se viu isto outrora?! Afinal, o uso da democracia e fiscalização da conduta dos parlamentares é ou não é também fruto do governo Lula? Lula este, que manteve-se neutro durante o furdúncio gerado pela mídia, o cidadão brasileiro que revolucionou a história do nosso país e seu crescimento econômico e que por se tratar de um trabalhador nordestino, pelos meios de comunicação, sempre fora massacrado. Não foi o Partido dos Trabalhadores que perdeu seus princípios de conduta e ética, e sim os que estavam à frente e não conseguiram segurar o contexto ideológico nos braços enquanto eram esfaqueados nos rins pelo sistema corrupto e o velho jeitinho brasileiro. Naturalmente humano.